SINOPSE
Lana e Margarida: duas mulheres cujos caminhos se cruzam na pequena cidade de Jaguaribe, no interior de um Brasil misógino e opressor. Uma assassina, outra policial – ambas vivendo existências atravessadas por um ciclo interminável de violência e desprezo que busca silenciar e exterminar qualquer sinal de independência feminina. Num país onde a Justiça desde sempre teve lado, elas vão descobrir que a vingança não compensa – mas seguir a Lei também não.
APRESENTAÇÃO
No sertão do Ceará, uma jovem indomável irá de encontro com a criminalidade de que é vítima a fim de vingar a morte de sua irmã e provar sua autonomia como mulher. Em sua jornada, Lana Jaguaribe encontrará Margarida, uma policial rígida e justa, mas que também padece da violência de um ambiente machista e intolerante. Na medida em que Lana é levada a decidir por uma trajetória sangrenta e criminosa, sua vida entra em rota de colisão direta com a de Margarida. Esta é uma história em que a violência não é apenas um catalisador e sim um dado permanente da realidade da protagonista. LANA JAGUARIBE é uma sangrenta história de vingança e busca de redenção capaz de atingir o espectador contemporâneo como um soco no estômago. Este é um filme que seduz pelo perigo iminente da paisagem do interior do Ceará e da sensualidade que Lana vai aprendendo a manejar com sua peixeira na mão. Lana é uma mulher justiceira que subverte toda uma tradição histórico-narrativa apoiada na figura do macho salvador. Lana não é Lampião. Ela é uma mulher e ela mata por vingança pela violência sofrida, gerando um rastro de medo entre os homens. A inversão da estrutura social de gênero vivida nos dias de hoje. Com suor e potência de um baile funk, LANA JAGUARIBE é um “Céu de Suely” mais perigoso e pop, com sangue, bala, chiclete, flores e uma voz aveludada. É um filme que combina Dario Argento, Russ Meyer e Harmony Corinne no interior do Ceará ao som de uma regravação brega de “Like a Virgin”.